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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bebês se beneficiam do uso de chás


Para cada situação, as mães sempre têm uma receita que ajudam a lidar com o problema.




Uma antiga lenda chinesa dá conta que o chá, assim como muitas das grandes invenções, foi obra do acaso. Por volta do ano 2800 a.C., o imperador Shen Nung estaria fervendo água para beber (um hábito higiênico local para evitar doenças) e, desatento, não percebeu que algumas folhas caíram dentro do recipiente. Ao ingerir, achou a bebida saborosa e, a partir de então, passou a fazer experiências com diversas folhas. Nascia ali o chá, conceito que se espalhou pela China e ganhou o mundo, inclusive o Brasil. Por aqui, o que não faltou foi matéria prima.
Quem se apropriou de invenção chinesa foram principalmente as mães. Em virtude de cultura passada de geração para geração, é difícil encontrar alguma que não tenha receitas para curar cólica, tosse, resfriado ou, simplesmente, para acalmar o bebê.
De acordo com Adauto Luiz Santos, professor-mestre do Instituto Avalon, os benefícios dos chás já são estudados há muito tempo. “Alguns princípios da farmacologia vêm de crenças populares. O povo lança a ideia e a ciência busca comprovar”, explica. Segundo ele, existe até uma especialidade, chamada etnofarmacologia, que estuda apenas as crenças populares.
Para especialistas mais puritanos, a única bebida que deve ser chamada de chá é a preparada à base de folhas da Camellia sinensis, árvore originária da China, de onde se faz chá preto e chá verde. Mas, no Brasil, isso não é seguido, sendo qualquer infusão com partes de planta denominada como tal. Levando-se em conta apenas o critério popular, calcula-se que existam mais de três mil tipos de chás em todo mundo.
Algumas plantas são estrelas do universo infantil e velhas conhecidas das mães. A erva-doce é uma delas. É bastante usada para combater as tradicionais cólicas dessa fase. A camomila, para dor de dente, o maracujá, como calmante, a romã, para dor de garganta, o alho, para o resfriado, o abacaxi, para a tosse, entre outros. A sálvia, por exemplo, que é um antisséptico e cicatrizante, pode ser combinado com hortelã e camomila, que servem de aromatizantes, deixando a bebida com sabor mais agradável para o bebê.
Para a pediatra Claudia Nascimento, coordenadora do pronto socorro infantil do São Camilo Ipiranga, os chás são bem vindos em muitas situações, mas só devem ser introduzidos na dieta do bebê a partir do sexto mês de amamentação. “Até o sexto mês, o único alimento do bebê deve ser o leite materno. Não se deve oferecer nem chá. O ato de sugar a mamadeira é mais fácil que o peito, o que faz com que a criança abandone a amamentação. Além disso, ao ingerir determinado chá, perde a fome para mamar”, explica a médica. Mas ela admite que, em alguns momentos, a bebida pode ser utilizada, em pequena quantidade, para aliviar cólicas.

Ervas Podem ser confundidas
Algumas plantas são parecidas, mas têm funções diferentes.

A recomendação dos especialistas é que os chás nos primeiros meses de vida (de preferência, a partir do sexto mês) devam ser isentos de açúcar e mel. Esses artifícios só podem ser introduzidos na dieta das crianças em uma fase mais avançada. Outra contraindicação é o consumo de café por parte dos pequenos. “O café é rico em cafeína, substância que estimula o sistema nervoso, deixando a criança agitada e sem sono”, explica o fitoterapeuta Adauto Luiz Santos, professor mestre do Instituto Avalon.
O especialista ainda recomenda que se tenha cuidado na hora de comprar as ervas. Muitas vezes, por falta de conhecimento de plantas, acaba-se comprando “gato por lebre”. “Nem sempre as pessoas que vendem as ervas têm má-intenção e sim falta de conhecimento daquilo que está vendendo. Dessa forma, pode haver alguns enganos, como pedir erva-doce e receber funcho ou erva-cidreira e receber capim-limão. Além disso, erva-doce, erva-cidreira e capim-limão são parecidas, embora tenham funções diferentes”, afirma o fitoterapeuta. Ele recomenda, ainda que o pediatra seja sempre informado do uso chás por parte dos bebês.


Oldair de Oliveira, Jornal Metrô News, 06 de junho de 2007.